No dia 27 de julho de 1979, a banda australiana, AC/DC,
lançava o álbum Highway to Hell, consolidando
a carreira do grupo mundialmente, e que marcaria como o ultimo álbum com a
participação do vocalista Bon Scott. No ano seguinte, após a turnê de
divulgação do álbum, o cantor resolveu passar alguns dias em Londres para rever
alguns amigos. Após uma noite de bebedeira, Bon apagou no banco de trás de seu
automóvel, e se afogou no próprio vômito. Morria ali, num Renault 5, em Overhill
Road, aos 34 anos, uns dos maiores vocalistas de todos os tempos.
Um grande dilema surgia para o AC/DC, encerrar as atividades
ou achar um novo vocalista. Felizmente para os fãs da banda e para o mundo do
rock, os irmãos Young acreditaram na ideia de recrutar um novo vocalista, seguir
em frente e trabalhar em novas composições para um próximo disco. Para essa
tarefa foi chamado o jovem e talentoso Brian Johnson (que já havia sido
elogiado por Bon Scott). Dessa maneira, o quinteto voou para as Bahamas e
gravaram um dos maiores álbuns, não só do rock, mas da música mundial, Back In Black (1980).
Logo a primeira vista o álbum já mostra o tamanho de sua
presença. Com uma capa toda preta, o nome da banda e o nome do novo projeto, o
AC/DC demonstra todo respeito pela morte do seu fantástico vocalista. A
primeira faixa, Hells Bells, abre com
badaladas de sinos, deixando o ouvinte com um frio na espinha e passando toda a
imagem de luto da banda. Com riffs marcantes da dupla Malcolm e Angus, a música
abre o disco com toda a força da banda australiana, agora renovada com seu novo
vocalista. Os vocais estridentes de Brian (que se tornaria sua marca registrada
e influenciaria diversos cantores do rock) esta por toda a música.
Shoot to Thrill é
a próxima e não deixa a peteca cair. Com riffs pegajosos, algo que o AC/DC sabe
fazer com maestria, a faixa se tornou uma marca registrada nos shows da banda. What Do You Do for Money Honey, Givin the Dog a Bone e Let Me Put My Love into You, vem em
seguida garantindo a qualidade do projeto. Abrindo com um dos riffs mais
icônicos da historia do rock, Back In
Black, só pode ser classificado como Clássico. Bateria, vocais, baixo, e
principalmente guitarras, tudo nessa faixa é perfeito, mostrando para todo o
mundo que o AC/DC nunca deveria ter pensado em encerrar as atividades. Seria
possível passar linhas e mais linhas descrevendo a importância e a qualidade
dessa faixa, mas eu não vou fazer isso com você, caro leitor, apenas escute-a e
você vai entender.
Sem perder tempo, a seguinte para o ouvinte é You Shook Me All Night Long, um dos
singles do álbum. Simplesmente grudenta e viciante. Ótimo trabalho de guitarras e vocais. Esta faixa também tem lugar
garantido em todos os shows da banda. Have
a Drink on Me e Shake a Leg começam
a marcar o fim do álbum. Com belas composições, as duas faixas trazem uma
cozinha impecável. Cliff Williams e Phil Rudd passam todo o disco mostrando uma
parceria em perfeita sincronia, baixo e bateria irrepreensíveis, nota dez para
a dupla. A última, Rock and Roll Ain't Noise Pollution, marca o fim do projeto.
Outro single, e mais um clássico na banda, fechando a bolacha com toda
reverencia ao bom e velho rock and roll.
Back In Black mostrou
para todo o planeta que é possível seguir em frente após uma grande tragédia.
Marcou toda uma geração, e ainda influencia todos que escutam. Um disco que não
envelhece ao passar do tempo, sempre atual. O AC/DC é rotulado por sempre fazer
o mesmo tipo de som, mas se eu curto o meu canto, por que eu vou abandonar o
meu canto? Por isso viva ao AC/DC e toda sua trupe.
Faixas:
01. Hells
Bells
02. Shoot
to Thrill
03. What Do
You Do for Money Honey
04. Givin
the Dog a Bone
05. Let Me
Put My Love into You
06. Back in
Black
07. You
Shook Me All Night Long
08. Have a
Drink on Me
09. Shake a
Leg
10. Rock
and Roll Ain't Noise Pollution
Formação:
Brian Johnson (Vocal)
Angus Young (Guitarra solo / Guitarra rítmica)
Malcolm Young (Guitarra Rítmica / Vocal de apoio)
Cliff Williams (Baixo / Vocal de apoio)
Phil Rudd (Bateria / Percussão)
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