quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Resenha: AC/DC - Back In Black


No dia 27 de julho de 1979, a banda australiana, AC/DC, lançava o álbum Highway to Hell, consolidando a carreira do grupo mundialmente, e que marcaria como o ultimo álbum com a participação do vocalista Bon Scott. No ano seguinte, após a turnê de divulgação do álbum, o cantor resolveu passar alguns dias em Londres para rever alguns amigos. Após uma noite de bebedeira, Bon apagou no banco de trás de seu automóvel, e se afogou no próprio vômito. Morria ali, num Renault 5, em Overhill Road, aos 34 anos, uns dos maiores vocalistas de todos os tempos.

Um grande dilema surgia para o AC/DC, encerrar as atividades ou achar um novo vocalista. Felizmente para os fãs da banda e para o mundo do rock, os irmãos Young acreditaram na ideia de recrutar um novo vocalista, seguir em frente e trabalhar em novas composições para um próximo disco. Para essa tarefa foi chamado o jovem e talentoso Brian Johnson (que já havia sido elogiado por Bon Scott). Dessa maneira, o quinteto voou para as Bahamas e gravaram um dos maiores álbuns, não só do rock, mas da música mundial, Back In Black (1980).



Logo a primeira vista o álbum já mostra o tamanho de sua presença. Com uma capa toda preta, o nome da banda e o nome do novo projeto, o AC/DC demonstra todo respeito pela morte do seu fantástico vocalista. A primeira faixa, Hells Bells, abre com badaladas de sinos, deixando o ouvinte com um frio na espinha e passando toda a imagem de luto da banda. Com riffs marcantes da dupla Malcolm e Angus, a música abre o disco com toda a força da banda australiana, agora renovada com seu novo vocalista. Os vocais estridentes de Brian (que se tornaria sua marca registrada e influenciaria diversos cantores do rock) esta por toda a música.

Shoot to Thrill é a próxima e não deixa a peteca cair. Com riffs pegajosos, algo que o AC/DC sabe fazer com maestria, a faixa se tornou uma marca registrada nos shows da banda. What Do You Do for Money Honey, Givin the Dog a Bone e Let Me Put My Love into You, vem em seguida garantindo a qualidade do projeto. Abrindo com um dos riffs mais icônicos da historia do rock, Back In Black, só pode ser classificado como Clássico. Bateria, vocais, baixo, e principalmente guitarras, tudo nessa faixa é perfeito, mostrando para todo o mundo que o AC/DC nunca deveria ter pensado em encerrar as atividades. Seria possível passar linhas e mais linhas descrevendo a importância e a qualidade dessa faixa, mas eu não vou fazer isso com você, caro leitor, apenas escute-a e você vai entender.



Sem perder tempo, a seguinte para o ouvinte é You Shook Me All Night Long, um dos singles do álbum. Simplesmente grudenta e viciante. Ótimo trabalho de guitarras e vocais. Esta faixa também tem lugar garantido em todos os shows da banda. Have a Drink on Me e Shake a Leg começam a marcar o fim do álbum. Com belas composições, as duas faixas trazem uma cozinha impecável. Cliff Williams e Phil Rudd passam todo o disco mostrando uma parceria em perfeita sincronia, baixo e bateria irrepreensíveis, nota dez para a dupla. A última, Rock and Roll Ain't Noise Pollution, marca o fim do projeto. Outro single, e mais um clássico na banda, fechando a bolacha com toda reverencia ao bom e velho rock and roll.

Back In Black mostrou para todo o planeta que é possível seguir em frente após uma grande tragédia. Marcou toda uma geração, e ainda influencia todos que escutam. Um disco que não envelhece ao passar do tempo, sempre atual. O AC/DC é rotulado por sempre fazer o mesmo tipo de som, mas se eu curto o meu canto, por que eu vou abandonar o meu canto? Por isso viva ao AC/DC e toda sua trupe.

Faixas:
01. Hells Bells
02. Shoot to Thrill
03. What Do You Do for Money Honey
04. Givin the Dog a Bone
05. Let Me Put My Love into You
06. Back in Black
07. You Shook Me All Night Long
08. Have a Drink on Me
09. Shake a Leg
10. Rock and Roll Ain't Noise Pollution

Formação:
Brian Johnson (Vocal)
Angus Young (Guitarra solo / Guitarra rítmica)
Malcolm Young (Guitarra Rítmica / Vocal de apoio)
Cliff Williams (Baixo / Vocal de apoio)
Phil Rudd (Bateria / Percussão)


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